A Felicidade das Coisas | Por que sempre queremos mais?

Com uma ótima mensagem sobre saber apreciar as coisas que já temos, A Felicidade das Coisas cativa na sua simplicidade.

Logo no começo da história vemos que Paula tem o desejo de construir uma piscina na sua mais nova casa da praia. Ela tenta justificar esse sonho usando os filhos, pensando que eles poderiam aproveitar mais as férias ali com uma piscina. Mas aos poucos ela descobre que essa construção não é tão simples.

Com essa premissa já é possível perceber como o filme trabalha a dinâmica familiar, já que temos uma mãe focada no que ela pensa ser melhor para a família, enquanto os outros integrantes da casa não são ouvidos corretamente.

A ideia de construir uma piscina em uma casa perto da praia, e além disso, uma casa que tem acesso ao rio, parece um exagero. Ainda mais se levamos em conta que a casa vai ser usada só nos períodos de férias. E a direção de Thais Fujinaga deixa bem claro como esse desejo na realidade está privando a protagonista de aproveitar melhor os momentos com sua família, e temos várias cenas com a piscina que trazem uma lembrança da praia que está logo ali.

Foto: Divulgação

Enquanto Paula fica correndo atrás da piscina seus filhos e sua mãe realmente aproveitam as férias. As cenas com eles mostra bem como para crianças esses detalhes e diferenças entre uma piscina e uma praia não importam, desde que eles possam brincar. Então fica à cargo dos adultos dar esse significado, que tem mais relação com um status social do que prático.

Para muitos poder passar as férias em uma praia já uma conquista e um sonho. Mas isso não basta, já que sempre é preciso ter mais, maior e melhor que os outros, para continuar se diferenciando. E Paula fica tão focada nisso que não percebe que nem sempre podemos ter tudo, e é preciso saber a hora de parar e aproveitar aquilo que está ao seu redor.


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